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Saber ouvir para poder crescer: o papel do ombudsman

Por Erick Avezani Monteiro

Em 23 de outubro de 2020, os alunos do segundo semestre de Jornalismo do Centro Universitário UNISAGRADO, em Bauru-SP, com a presença da convidada Daniela Bochembuzo, puderam desfrutar de uma importante conversa virtual via plataforma TEAMS a respeito do ombudsman, uma vertente profissional que visa ouvir os clientes e realizar críticas construtivas para uma melhor estruturação empresarial que se importe com seu público e que pretenda evoluir internamente.

Daniela atuou como ombudsman durante o período de agosto de 2002 a setembro de 2006 no Jornal da Cidade, forte disseminador de notícias da região do interior do estado de São Paulo.

O Código de Ética do cargo requer que o profissional tenha liberdade de ação no veículo para emitir opiniões acerca do que é necessário ser modificado e, dentre os desafios citados por Bochembuzo, a responsabilidade de estar numa linha limítrofe, que separa o leitor e o produtor da informação, roga muita disciplina para lidar com tal. A empresa e seus membros precisam não só estarem dispostos a ouvir o que há de ser dito sobre melhorias e/ou correções, como também prontos para aplicarem novas estratégias nas ações diárias.

O exercício do ombudsman exige muita pesquisa. O profissional deve ser um estudioso incansável, prezando pelas condutas e teorias jornalísticas juntamente aos princípios de relacionamentos humanos. Um constante aprendizado da Língua Portuguesa é outra ótima ferramenta para um auxílio da função. Ademais, consumir outros parâmetros de produção informativa pode ajudar na hora de formular uma crítica perante o que está sendo trabalhado.

Durante a conversa, a ex-atuante da área inspirou os alunos da área jornalística destacando que, durante seu tempo como ombudsman, procurou usar seu cargo para estimular colegas a aprimorarem e refletirem sobre seus erros e problemas editoriais. Essa é justamente a proposta da profissão, uma vez que quando se está num envolvimento pertinente em algo, fica em falta uma percepção do que pode estar imperfeito, e é aí que a visão em terceira pessoa do ombudsman entra em ação.